terça-feira, 12 de maio de 2009



Sou um homem de tempo lento

Sem pressa no amor, da vida dolente

Que fazer se meu amor tem pressa?

 

Corro pra dizer em curto espaço

O que o tempo não deixa

Para os olhos e gestos

 

Amanhece

ela está na penteadeira

           

Ligeira

falas

gestos

sentir

 

Olho preguiçoso sua nudez decidida

Sua tez sisuda de moça séria

E rolo na cama em busca de sonhos

 

Amanheço

Há flores e um bilhete:

Bem tarde eu volto

 

...

 

Ando na praça

em busca da palavra

que falta ao verso

outrora composto

 

Rê está ligeira

       em algum canto, decidida       

e eu perdido

 em letras e pensamentos

 

    Minha busca confusa traz culpa

A vida é OBJETIVIDADE

mas espero um milagre

 

Quem sabe a palavra

  o verso, a harmonia...

Mas a poesia é inútil

Como inútil é a busca

 

...

     

                                            O tempo custa a passar:

A noite estaremos juntos

   buscando apressados o amor

             Escondido

                                   entre vírgulas e suspiros...

 

         No nosso amor ligeiro

Re tem sede de vida

 Eu de vida sem pressa